Métodos WTF e simulação numérica de fluxo para estimativa de recarga – exemplo Aquífero Rio Claro em Paulínia/SP

Publicado
2018-05-09
Palavras-chave: Groundwater recharge. Rio Claro aquifer. Numerical flow simulation. Water table fluctutation. Aquífero Rio Claro. Simulação numérica de fluxo. Flutuação do nível d’água. Recarga.

    Autores

  • Elias Hideo Teramoto Centro de Estudos Ambientais - UNESP, Campus de Rio Claro
  • Hung Kiang Chang Departamento de Geologia Aplicada, UNESP - Campus de Rio Claro

Resumo

A estimativa do volume de recarga dos aquíferos é fundamental para o gerenciamento de recursos hídricos de subsuperfície. Parte da área de ocorrência do aquífero Rio Claro no munícipio de Paulínia/SP é marcada pela presença de hidrocarbonetos na fase residual e influência de poços de bombeamento dos sistemas de remediação em operação, além de incertezas associadas a heterogeneidades geológicas peculiares a essa unidade hidrogeológica. Esses fatores dificultam estimativas seguras de recarga. Para contornar o problema, foram realizadas simulações numéricas de fluxo, em regime transiente, utilizando dados de monitoramento levantados ao longo de 7 anos, para estimar a recarga do Aquífero Rio Claro nessa área. As variações de carga hidráulica da simulação são similares às variações do nível d’água em todos os poços monitorados, indicando que o modelo foi satisfatoriamente calibrado. A comparação entre as estimativas de recarga pelo método Water Table Fluctuation e os valores obtidos pelos modelos matemáticos revelam elevada discrepância entre ambos. Tal discrepância está associada à diferença nos valores do parâmetro Sy (produtividade específica) empregados nos diferentes métodos. Os valores de Sy podem promover taxas de recarga do aquífero superestimadas por não contemplar o efeito da histerese durante a flutuação do nível d’água.

Como Citar
Teramoto, E. H., & Chang, H. K. (2018). Métodos WTF e simulação numérica de fluxo para estimativa de recarga – exemplo Aquífero Rio Claro em Paulínia/SP. Águas Subterrâneas, 32(2), 173–180. https://doi.org/10.14295/ras.v32i2.28943