RISCOS POTENCIAIS E REAIS DECORRENTES DA SUPER-EXPLOTAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO RECIFE-PE

Publicado
2000-09-11

    Autores

  • Waldir Duarte Costa UFPE

Resumo

Em decorrência do precário atendimento do serviço público de abastecimento d’água da cidade do Recife, situação que foi agravada com os dois períodos de estiagem da década de 90, em 92/93 e 98/99, a população da capital pernambucana voltou-se intensamente para a captação das águas subterrâneas. A super-explotação dos aqüíferos, que em 1995 já apresentava um déficit entre a recarga e a descarga (natural + artificial) da ordem de 800 l/s, agravou-se sensivelmente com os rebaixamentos da superfície potenciométrica até profundidades superiores a 100m. Em decorrência dessa depleção das reservas permanentes, já vem se configurando um quadro de exaustão em áreas de Boa Viagem e uma expansão das áreas com salinização que já atinge cerca de 20% da área da planície. Potencialmente existe ainda o risco de uma catástrofe futura, com a subsidência de terrenos, como ocorreu em várias partes do mundo, sobretudo no vale de São Joaquim na Califórnia e na cidade do México. Na planície costeira o risco
potencial de uma subsidência representa uma catástrofe porque a cidade poderia ser parcial ou totalmente invadida pelas águas do oceano.

Como Citar
Costa, W. D. (2000). RISCOS POTENCIAIS E REAIS DECORRENTES DA SUPER-EXPLOTAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO RECIFE-PE. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/23449