DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO FLUXO BASE NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ATRATO, COLÔMBIA

Publicado
2021-09-01

    Autores

  • SEBASTIAN BALBIN BETANCUR Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
  • DIDIER GASTMANS
  • LUCAS VITURI SANTAROSA
  • JOSÉ CLAUDIO VIÉGAS CAMPOS

Resumo

Para compreender os processos de geração do escoamento nos canais dos rios e as consequências de grandes períodos de secas prolongadas, é preciso entender as interações existentes entre as águas superficiais e subterrâneas; identificando a importância do fluxo base e dos processos de recarga no entendimento de estas interações. O fluxo base representa a fracção do escoamento que provem da descarga das águas subterrâneas, produto da comunicação entre o canal e o aquífero. Em épocas de estiagem a água subterrânea é considerada como a principal componente do fluxo base. Para este analises foi empregado o enfoque do balanço hídrico em bacias hidrográficas, para avaliar a recarga do aquífero através de uma análise do comportamento temporal da descarga do rio, considerando o Q90 específico [m3/s/km2] como parâmetro comparativo com o fluxo base de uma bacia. Dessa maneira, este trabalho conseguiu identificar a relação do fluxo base de 17 estações localizadas na bacia do rio Atrato (Colômbia), levando em consideração a distribuição espacial das características hidrogeológicas e geomorfológicas. Foi possível concluir que os valores do Q90 específico apresentam maiores magnitudes, devido a uma maior contribuição da água subterrânea ao fluxo base nas locações dos depósitos quaternários; contrariamente as locações que apresentam altas declividades, lugares onde é favorável o escoamento superficial, gerando condições desfavoráveis para a ocorrência da infiltração e dificultando as interações entre as águas superficiais e subterrâneas.

Como Citar
BETANCUR, S. B., GASTMANS, D., SANTAROSA, L. V., & VIÉGAS CAMPOS, J. C. (2021). DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO FLUXO BASE NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ATRATO, COLÔMBIA. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/29335