Aplicação de mapas auto-organizáveis e SIG: análise espacial da hidroquímica dos aquíferos em uma média cidade brasileira

Publicado
2019-06-15
Palavras-chave: Water management. Fractured aquifers. Water quality. Water security. Gestão de recursos hídricos. Aquíferos fraturados. Qualidade da água. Segurança hídrica.

Resumo

o objetivo principal deste estudo foi identificar padrões espaciais hidroquímicos de águas subterrâneas em uma cidade média no nordeste do Brasil (Itabuna-BA). Para tal, foram aplicados a técnica dos mapas auto-organizáveis e o SIG, em dados secundários (íons maiores e condutividade elétrica), com o intuito de analisar os padrões e zonear os setores com distintas características hidroquímicas. Os aquíferos da área de estudo são fissurais, de médio-baixo potencial hidrogeológico e relativa variabilidade litológica-geoquímica. Com o subsídio da estatística espacial e estatística multivariada, foram identificados três setores distintos (1, 2 e 3) na zona de maior concentração e uso efetivo de poços de água subterrânea. O setor 3 apresentou as águas de maior salinidade e maior complexidade geoquímica, sendo estas, salobras e salgadas, sugerindo um maior controle do intemperismo químico de rochas sieníticas. As águas nos demais setores ocorrem predominantemente em outro contexto geoquímico (granulitos e metatonalitos), sendo salobras e doces, apresentando correspondência com a carga iônica observada. O zoneamento, subsidiado pelas redes neurais artificiais e o SIG, tem potencial para contribuir efetivamente com a gestão das águas subterrâneas. Para Itabuna, os resultados aqui apresentados podem direcionar um plano diretor que contemple políticas que promovam a proteção e conservação dos aquíferos, que regulem o uso de determinados tipos de água e executem investimentos em saneamento e tratamento de água.

Como Citar
Mattos, J. B., & Silva, K. B. (2019). Aplicação de mapas auto-organizáveis e SIG: análise espacial da hidroquímica dos aquíferos em uma média cidade brasileira. Águas Subterrâneas, 33(2), 210–220. https://doi.org/10.14295/ras.v33i2.29176