Comparação da eficiência das técnicas de bombeamento, TPE e DPE para remediação de áreas contaminadas por hidrocarbonetos de petróleo

Publicado
2016-03-22
Palavras-chave: Remediation. Multiphase extraction. Petroleum hydrocarbon. Diesel. Remediação. Extração multifásica. Hidrocarbonetos de petróleo. Óleo diesel.

    Autores

  • Patricia Totti UNESP
  • Hung Kiang Chang UNESP

Resumo

Diversas técnicas são utilizadas para a remediação de áreas contaminadas por derivados de petróleo, as quais podem causar severos danos ambientais e à saúde humana. O objetivo deste trabalho é comparar a eficiência de três dessas técnicas: bombeamento, TPE (Two Phase Extraction) e DPE (Dual Phase Extraction), na remediação de uma área contaminada com óleo diesel em Minas Gerais. No Brasil não há estudos semelhantes e este trabalho mostra que o DPE pode ser uma opção viável para reduzir o tempo de remediação. A partir da compilação de dados de sistemas de remediação em operação na área impactada (subdividida em áreas 1 e 2) e da realização de ensaios de campo, foi possível confirmar o aumento significativo das vazões de extração utilizando a técnica de DPE em relação às obtidas com bombeamento e TPE. Para a área 1, o DPE apresentou vazão de extração de líquido 38,5% maior que a obtida por bombeamento. Na área 2, o DPE apresentou aumentos de 39,68% a 47,63% na vazão de líquido em relação ao TPE e de 43,77% a 51,3% em relação ao bombeamento. A maior efetividade do DPE em relação ao bombeamento convencional pode ser explicada pelo aumento do gradiente de pressão, que ocasiona maior mobilidade de água e de óleo para o interior do poço. Em relação ao TPE, o DPE também foi mais efetivo, e, neste caso, as maiores vazões de líquido obtidas podem ser explicadas pelo rebaixamento causado pelo bombeamento, somado ao aumento de fluxo devido ao maior gradiente causado pela aplicação do vácuo.

Como Citar
Totti, P., & Chang, H. K. (2016). Comparação da eficiência das técnicas de bombeamento, TPE e DPE para remediação de áreas contaminadas por hidrocarbonetos de petróleo. Águas Subterrâneas, 30(1), 18–36. https://doi.org/10.14295/ras.v30i1.28497