ESTUDO HIDROQUÍMICO E DOS ISÓTOPOS DE URÂNIO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM CIDADES DO ESTADO DO AMAZONAS (AM)

Publicado
2015-08-11

    Autores

  • MÁRCIO LUIZ DA SILVA UNESP/IGCE

Resumo

Este trabalho tem por objetivo investigar a hidroquímica elementar, assim como o comportamento geoquímico dos isótopos de 238U e 234U nas águas de subsuperfície em quinze cidades do estado do Amazonas de maneira a proceder a caracterização de contaminantes ou poluentes que possam estar afetando a qualidade dos recursos hídricos subterrâneos, bem como avaliar a potencialidade do uso dos isótopos naturais de urânio como traçadores hidrológicos nas águas estudadas.

Os resultados obtidos para os parâmetros analisados mostram que as águas estudadas são excelentes para o consumo humano, por se situarem dentro dos limites de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente.

No que diz respeito aos isótopos de urânio, verifica-se que foram determinados valores de razão de atividade 234U/238U entre 1 e 3,5 e de concentração de urânio entre 0,01 µgL-1 e 1,4 µgL-1. Esses resultados e os determinados para outros parâmetros analisados, permitiram classificar os ambientes hidrológicos como redutor, com circulação das águas por estratos contendo minerais com baixas concentrações de urânio.

Na cidade de Manaus foi observado acréscimo de razão de atividade 234U/238U na fase líquida no sentido do fluxo subterrâneo. Foram identificadas quatro regiões com tendência de aumento de razão de atividade, no sentido de Uarini a Tefé, Manacapuru a Manaus, Presidente Figueiredo a São Sebastião do Uatumã e Boa Vista do Ramos a Barreirinha, relacionadas a possíveis feições estruturais, à declividade da área de estudo, ao estreitamento da Bacia Sedimentar do Amazonas a partir do seu curso médio, e drenagem orientada pela tectônica.

Como Citar
DA SILVA, M. L. (2015). ESTUDO HIDROQUÍMICO E DOS ISÓTOPOS DE URÂNIO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM CIDADES DO ESTADO DO AMAZONAS (AM). Águas Subterrâneas, 19(2). Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/28494