ASPECTOS TERRITORIAIS DA EXPLORAÇÃO DO GÁS DE FOLHELHO (GÁS DE XISTO) POR FRATURAMENTO HIDRÁULICO

Publicado
2015-02-24

    Autores

  • Luiz Fernando Scheibe
  • Luciano Augusto Henning UFSC
  • Arthur Schmidt Nanni UFSC

Resumo

A perspectiva atual de exploração de gás de xisto por fraturamento hidráulico (shale gas fracking) no Brasil e, especialmente, na Bacia Geológica do Paraná, onde se situam não só as imensas reservas de água subterrânea do Sistema Aquífero Guarani (SAG), do Sistema Aquífero Serra Geral e do Sistema Aquífero Bauru/Caiuá, mas também os rios Uruguai, Paraguai e Paraná, representa uma ameaça concreta à integridade dessas águas subterrâneas e superficiais, tanto pela superexplotação como pela intensa poluição resultante do complexo processo de mineração e descarte de águas carregadas com metano e outros hidrocarbonetos, substâncias químicas utilizadas nos fluidos de fraturamento, salmouras naturais e os próprios metais pesados e outros elementos presentes na rocha hospedeira do gás. Outra questão da maior importância, que tem sido eventualmente negligenciada na literatura mais comum sobre esse processo, é o forte comprometimento territorial resultante do elevado número de instalações necessárias para uma produção significativa e continuada de gás, o que vem ocorrendo nas principais áreas de produção dos Estados Unidos, como as dos folhelhos Barnett, no Texas, Fayetteville, no Arkansas, e Marcellus, na Pensilvania.

Como Citar
Scheibe, L. F., Henning, L. A., & Nanni, A. S. (2015). ASPECTOS TERRITORIAIS DA EXPLORAÇÃO DO GÁS DE FOLHELHO (GÁS DE XISTO) POR FRATURAMENTO HIDRÁULICO. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/28339