DEFINIÇÃO DE ZONAS-ALVO DE BOMBEAMENTO PARA REMEDIAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS UTILIZANDO FERRAMENTAS DE ALTA RESOLUÇÃO

Publicado
2019-10-02

    Autores

  • Marcos Tanaka Riyis Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
  • Rafael Murato Derrite
  • Mauro Tanaka Riyis

Resumo

O bombeamento e tratamento (P&T) é uma técnica de remediação largamente utilizada no Brasil e no exterior. Para que o P&T tenha a eficiência e eficácia necessárias para a reabilitação da área, é essencial que sejam estimados alguns parâmetros hidráulicos que são obtidos em teste piloto, nesse caso, um teste de bombeamento. No entanto, a realização do teste piloto pode gerar distúrbios significativos no aquífero e no transporte de contaminantes, se não for precedido de um adequado Modelo Conceitual do Site (CSM). O presente trabalho mostra uma Investigação que teve como objetivo elaborar um CSM para identificar corretamente as camadas condutivas para dimensionar um teste de bombeamento adequado. Como ferramentas de investigação de alta resolução (HRSC), foram utilizadas: amostragem de solo (Dual Tube e Piston Sampler), ensaios de piezocone de resistividade (RCPTu), de dissipação de poro pressão (PPDT) e slug tests pontuais via Direct Push (DPST). Foram avaliados cinco pontos em uma área de 80 m2, até 6,0 m de profundidade com nível de água em torno de 0,80 m no bairro de Jurubatuba, em São Paulo-SP. Foram identificadas três zonas de fluxo, intercaladas por
zonas de armazenamento. Um teste de bombeamento realizado sem esse CSM instalaria os poços com as seções filtrantes atravessando todas as camadas, causando, além da diminuição da eficiência do bombeamento, uma interconexão das camadas, que poderia acarretar na migração da contaminação entre as diferentes zonas de fluxo. O estudo mostra que um adequado CSM é peça-chave para o projeto de remediação.

Como Citar
Riyis, M. T., Murato Derrite, R., & Tanaka Riyis, M. (2019). DEFINIÇÃO DE ZONAS-ALVO DE BOMBEAMENTO PARA REMEDIAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS UTILIZANDO FERRAMENTAS DE ALTA RESOLUÇÃO. Águas Subterrâneas. https://doi.org/10.14295/ras.v0i0.29634