USO DE MANANCIAIS SUBTERRÂNEOS E SUPERFICIAIS COMO ALTERNATIVA PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO AO LONGO DO RIO DOCE

Publicado
2021-09-01

    Autores

  • MATEUS LABOISSIERE MOL Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
  • Carlos Eduardo Morelli Tucci
  • Marcus Vinícius Estigoni
  • Bibiana Rodrigues Colossi
  • Guilherme de Lima

Resumo

Com o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana/ MG, os rejeitos acumulados na barragem (em geral partículas muito finas) deslocaram-se para jusante, causando impactos nos cursos d’água, zonas de várzeas e áreas adjacentes. O evento causou aumento expressivo na turbidez da água de alguns rios, comprometendo o abastecimento de água em várias localidades que usavam a água do rio do Carmo, do rio Gualaxo do Norte e do rio Doce, principalmente para abastecimento humano, irrigação e dessedentação animal. Logo após o rompimento da barragem, as Estação de Tratamento de Água (ETAs) alimentadas pelas águas do rio Doce tiveram suas atividades paralisadas ou operaram com capacidade de tratamento reduzidas devido a elevada turbidez.

O Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC), firmado entre as empresas mineradoras – SAMARCO, VALE e BHP Billiton, e órgãos públicos do Governo Federal e dos Governos Estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo, determina em sua Cláusula 171 que os municípios que tiveram seu abastecimento de água temporariamente interrompido em decorrência do rompimento da barragem devem ser contemplados com sistemas de abastecimento de água alternativos ao rio Doce. Nessa Cláusula 171 são citadas as 24 localidades passíveis de atendimento com a construção de sistemas alternativos de captação e adução, além de melhorias nas estações de tratamento de água. O objetivo deste trabalho é apresentar o estudo de disponibilidade hídrica para a identificação de mananciais alternativos para cada uma das localidades, visando a diminuição da dependência de abastecimento do rio Doce e a minimização do risco de eventual desabastecimento de água. Para cada localidade foi avaliado, de maneira comparativa, o uso de poços tubulares profundos e de ao menos dois mananciais superficiais. As melhores alternativas foram identificadas com base no custo de implementação, operação e fatores técnicos.

Como Citar
MOL, M. L., Morelli Tucci, C. E., Estigoni, M. V., Colossi, B. R., & de Lima, G. (2021). USO DE MANANCIAIS SUBTERRÂNEOS E SUPERFICIAIS COMO ALTERNATIVA PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO AO LONGO DO RIO DOCE. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/29370