AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO CRAJUBAR, REGIÃO DO CARIRI - ESTADO DO CEARÁ - BRASIL

Published
2000-09-11

    Authors

  • Liano Silva Veríssimo Serviço Geológico do Brasil - CPRM
  • Itabaraci Nazareno Cavalcante Universidade Federal do Ceará

Abstract

Este trabalho apresenta os dados sobre qualidade e uso das águas subterrâneas, na região do CRAJUBAR (termo utilizado pelos habitantes para designar a área limítrofe dos três mais importantes municípios da região: Crato, Juazeiro do Norte e
Barbalha), situada ao sul do estado do Ceará, Nordeste do Brasil. A geologia da área é constituída por rochas cristalinas e sedimentares formadas a partir do Mesozóico. Foram individualizadas três unidade hidro-estratigráficas para captação de água subterrânea, identificadas por elementos físicos (permeabilidade, transmissividade) e litotipos predominantes. As águas subterrâneas apresentam as seguintes características médias: dureza - 91,0 mg/L de CaCO3, condutividade elétrica medida em 143 poços tubulares, 294 mS/cm. Em 84 medidas de pH, a média de 6,8 com tendência a um caráter levemente
ácido, enquanto o STD apresenta um valor de 134 mg/L. São águas predominantemente bicarbonatadas (24 amostras), seguida das mistas (7 amostras) e cloretadas(4 amostras).
Os resultados das análises indicam que 100% são de boa potabilidade para consumo humano. Foi identiicada a presença de bactérias do tipo Escherichia coli e Klebsiella Sp, em 9 de 10 análises bacteriológicas. Em 341 poços identificados, 81% (278) são utilizados para uso múltiplo (abastecimento humano, lazer, jardinagem), 12% (41) na agricultura e 6% (21) na indústria. Existem 51 poços tubulares em atividade para o abastecimento da população urbana dos três municípios, produzindo 4.369,16 m3/h e consumo "per capita” oscilando entre 318 e 370 L/hab./dia, com média de 340 L/hab./dia.

How to Cite
Veríssimo, L. S., & Cavalcante, I. N. (2000). AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO CRAJUBAR, REGIÃO DO CARIRI - ESTADO DO CEARÁ - BRASIL. Águas Subterrâneas. Retrieved from https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/23450