Uso de imagens do projeto PE3D para nivelamento de poços a serem usados em confecção de mapas potenciométricos
Résumé
Para confecção de mapas potenciométricos é necessário dispor das cotas do terreno a fim de obter o valor das cargas hidráulicas, porém, a obtenção dessas cotas por meio de levantamentos topográficos nem sempre é tão rápida e fácil. O uso de imagens de satélite para esse fim é frequente. O objetivo desse trabalho é avaliar a efetividade do uso de imagens do projeto Pernambuco Tridimensional (PE3D) para construção de mapas potenciométricos. O projeto PE3D trata-se de um recobrimento aerofotogramétrico de todo o estado de Pernambuco com alta precisão. Para atestar esse propósito foram feitos levantamentos topográficos utilizando o Differential Global Positioning System (DGPS), que fornece precisão até milimétrica. Esses levantamentos foram feitos em duas áreas diferentes, uma delas localizada na Bacia Sedimentar de Carnaubeira da Penha (PE) e outra na Bacia Sedimentar de Cedro (PE), somando 32 pontos. A partir desse levantamento as maiores diferenças entre as cotas obtidas por meio do DGPS e as cotas obtidas pelas imagens do PE3D, em termos absolutos, foi de 0,625 m, enquanto a menor diferença foi 0,007 m, sendo então a média 0,211 m. Também foram comparados os resultados do GPS de navegação, pois as coordenadas (X,Y) utilizadas no caso anterior foram adquiridas pelo DGPS, e este não é utilizado nos trabalhos de campo habituais. A maior diferença entre as coordenadas obtidas pelo GPS comum e o DGPS foi de 4,724 m, enquanto a menor diferença foi de 0,246 m, sendo então a média 1,780 m. Essas diferenças, portanto, não são suficientes para que a cota obtida pelo GPS comum apresente erros que mudem a forma do mapa potenciométrico. Conclui-se também que o uso de imagens do projeto PE3D é recomendado para estudos tanto de caráter regional, quanto para estudos detalhados.