Variabilidade da Composição Isotópica da Precipitação na Região Central do Estado de São Paulo

Publicado
2019-05-16
Palavras-chave: Stable isotopes. Precipitation and climate change. Isótopos estáveis. Precipitação e mudanças climáticas.

    Autores

  • Vinícius dos Santos Universidade Estadual Paulista (UNESP), Centro de Estudos Ambientais, Campus Rio Claro
  • Didier Gastmans Universidade Estadual Paulista (UNESP), Centro de Estudos Ambientais, Campus Rio Claro
  • Lucas Vituri Santarosa Universidade Estadual Paulista (UNESP), Centro de Estudos Ambientais, Campus Rio Claro
  • Ludmila Vianna Batista Universidade Estadual Paulista (UNESP), Centro de Estudos Ambientais, Campus Rio Claro
  • Sebastian Balbin Betancur Universidade Estadual Paulista (UNESP), Centro de Estudos Ambientais, Campus Rio Claro
  • Marcelo Eduardo Dias de Oliverira Universidade Estadual Paulista (UNESP), Centro de Estudos Ambientais, Campus Rio Claro
  • Augusto José Pereira Filho Universidade de São Paulo, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Departamento de Ciências Atmosféricas

Resumo

Isótopos estáveis vêm sendo utilizados como ferramenta em estudos hidrometeorológicos, gerando informações sobre a relação entre clima e recarga de águas subterrâneas e origem de fluxos de água superficial, contribuindo para o entendimento das consequências das mudanças climáticas sobre o ciclo hidrológico. O presente trabalho apresenta os principais controles climáticos responsáveis pela variabilidade na composição isotópica da precipitação mensal na região central do estado de São Paulo, onde situam-se áreas de recarga de importantes aquíferos da Bacia do Paraná. A equação da reta meteórica local (δ2H= 8,34*δ18O + 15,71) indica que a composição isotópica é influenciada por uma fonte de umidade oceânica e processos de recirculação de vapor ao longo do deslocamento de massas de ar até a região de estudo. A sazonalidade observada indica que chuvas empobrecidas (δ18O= <-6‰) ocorrem durante o período chuvoso, associadas a grande disponibilidade de umidade, transportada principalmente da Amazônia, a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e sistemas frontais, enquanto chuvas enriquecidas (δ18O = >-3‰) ocorrem durante o período seco, com atuação das Frentes Frias (FF) e formação de chuvas convectivas. Os resultados apresentados e discutidos neste trabalho contribuem para o estabelecimento de padrões sazonais na composição isotópica da chuva, que podem auxiliar na compreensão da movimentação da água, o que inclui a recarga de aquíferos, no estado de São Paulo.

Como Citar
Santos, V. dos, Gastmans, D., Santarosa, L. V., Batista, L. V., Betancur, S. B., Dias de Oliverira, M. E., & Pereira Filho, A. J. (2019). Variabilidade da Composição Isotópica da Precipitação na Região Central do Estado de São Paulo. Águas Subterrâneas, 33(2), 171–181. https://doi.org/10.14295/ras.v33i2.29474