PALEOSSOLOS ARGILOSOS PODEM INFLUENCIAR A DETERMINAÇÃO DE FLUXO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM AQUÍFERO DE BAIXA PERMEABILIDADE?
Resumo
Antigas e atuais áreas industriais na região metropolitana de São Paulo apresentam graves problemas ambientais em relação a solo e água subterrânea. Essas áreas industriais impactadas estão geologicamente posicionadas em paleossolos argilosos que constituem o Aquífero Sedimentar de São Paulo, e podem atingir níveis mais profundos contaminando o Aquífero Cristalino, composto por rochas gnáissicas do Complexo Embu. O objetivo deste trabalho foi correlacionar estruturas paleopedogenéticas (micro fraturas e fraturas) geradas por processos pedogenéticos em paleossolos argiloso siltosos às características hidráulicas de aquíferos de baixa permeabilidade, obtidas através de ensaios hidráulicos do tipo hydraulic profiling tool (HPT) e slug/bail down test para entender o fluxo da água subterrânea e a migração dos organoclorados que causam impactos na água subterrânea. Foi realizada uma descrição macroscópica dos horizontes encontrados através de sondagem mecanizada (Hollow Steam Auger) para detalhamento da estrutura e descrição visual mineralógica/granulométrica, através de sondagens direct push utilizando amostrador bipartido de aço galvanizado de 3 polegadas de diâmetro. Este perfil foi correlacionado ao mapeamento hidroestratigráfico, com valores de condutividade hidráulica, obtidos através de ensaios HPT e ensaios slug/bail down em poços de monitoramento de água subterrânea. Este estudo conclui que existe uma correlação entre as estruturas paleopedogenéticas formadas nos paleossolos argilo siltosos e o fluxo da água subterrânea, que podem ser interpretados em função do grau de fraturamento nos diferentes horizontes e dos resultados hidráulicos obtidos através de HPT e slug/bail tests.