HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA DOS PARECIS

Publicado
2021-09-01

    Autores

  • MARCIA REGINA STRADIOTO Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
  • CHANG HUNG KIANG

Resumo

A área selecionada compreende uma das maiores bacias intracratônicas do Brasil, denominada de Bacia dos Parecis, formada por uma estrutura alongada na direção geral W-E, sendo sua maior dimensão de 1.250 km, com área de aproximadamente 500.000 km2 nos estados de Rondônia e Mato Grosso. O Sistema Aquífero Parecis aflora no oeste do estado de Mato Grosso e na extremidade leste do estado de Rondônia, ocupando uma área de 88.147 km2 e com espessura saturada média de 150 m. Desta forma, o presente trabalho apresenta uma caracterização hidroquímica e uma avaliação da qualidade das águas subterrâneas, com o objetivo de fortalecer o conhecimento dos recursos hídricos subterrâneos na área de estudo. Para isso, foram coletadas 64 amostras de águas subterrâneas distribuídas na Bacia dos Parecis nos estados de Mato Grosso e Rondônia e enviadas ao laboratório de Hidrogeologia e Hidroquímica da UNESP em Rio Claro (SP), onde foram realizadas as análises físico-químicas. Para classificação hidroquímica foi utilizado o diagrama de Piper, sendo as amostras, em maioria, classificadas como bicarbonatada sódica (47%), seguidas pelas cloretadas sódicas (33%) e bicarbonatadas cálcicas (20%). A partir dos resultados obtidos foi efetuado tratamento estatístico, em particular a análise de agrupamentos (cluster analysis) dos dados hidroquímicos, para identificação de amostras com características semelhantes, sendo identificados dois grupos hidroquímicos (A e B), no entanto, no grupo B foram observados três subgrupos (B1, B2 e B3). Algumas amostras apresentaram valores acima do máximo permitido para o padrão de potabilidade, conforme legislações vigentes, para chumbo, manganês, nitrato e fluoreto.

Como Citar
STRADIOTO, M. R., & KIANG, C. H. (2021). HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA DOS PARECIS. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/29436