ÁREAS CONTAMINADAS COM POTENCIAL PRESENÇA DE PFOS – AVALIAÇÃO NA UNIDADE DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BAIXADA SANTISTA (UGRHI -07)
Resumo
Em 2003 o Brasil aprovou o texto da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, no qual um dos compromissos assumidos visa à eliminação e/ou restrição desses poluentes, além da identificação e gestão de áreas contaminadas por essas substâncias. O ácido perfluoroctanosulfônico (perfluorooctane sulfonic acid – PFOS) faz parte do Anexo B da Convenção. O objetivo deste estudo foi avaliar áreas contaminadas com potencial de apresentarem PFOS como contaminantes, por meio do levantamento das áreas contaminadas da Unidade de Gerenciamento de Recurso Hídricos da Baixada Santista (UGRHI -07) e dos processos industriais que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) e a Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA) classificaram com histórico de uso dos PFOS. As análises possibilitaram identificar que, dentre 58 áreas contaminadas na UGRHI -07 por uso industrial; uso relacionado ao gerenciamento de resíduos e acidentes; 26 áreas foram identificadas com atividades com potencial de presença de PFOS, sendo que dentre estas 16 são lixões e aterros sanitários. No Brasil existem poucos estudos a respeito dos PFOS, inclusive inexistem valores orientadores nacionais, entretanto recomenda-se que diversas industriais, além de lixões, aterros e áreas onde ocorreram acidentes de alta complexidade, devem incluir inicialmente o PFOS como substância química de interesse no gerenciamento e investigações de áreas contaminadas.