UTILIZAÇÃO DE POÇOS TUBULARES PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA CIDADE DE SALVADOR - BAHIA
Resumo
A cidade de Salvador é hoje a terceira maior capital do Brasil com mais de 2,9 milhões de habitantes, sendo o município mais populoso do Nordeste. Ao longo dos anos a concepção do abastecimento do Sistema Integrado de Salvador foi modificada, sendo composta basicamente por três grandes sistemas: Sistema Joanes/Ipitanga (responsável por aproximadamente 40% do abastecimento), SIAA de Pedra do Cavalo (responsável por aproximadamente 60% do abastecimento) e implantado na década de 1980, e o sistema de reversão Santa Helena/Joanes II, que garante a regularidade do Sistema Joanes. Apesar da implantação do Sistema de Santa Helena e da ampliação do Sistema Joanes II – ETA Principal, as demandas do SIAA Salvador sempre foram crescentes, principalmente no período de verão, quando do atrativo turístico para a capital do Estado. Desta forma, o presente artigo tem como objetivo principal, apresentar uma alternativa de aproveitamento do manancial subterrâneo, por meio da perfuração de poços tubulares, para ampliar a oferta de água na cidade de Salvador e Região Metropolitana, incluindo aí as cidades de Simões Filho e Lauro de Freitas que pertencem ao mesmo Sistema Integrado de Abastecimento de Água. Na oportunidade a Embasa locou 14 poços tubulares na região, dos quais 11 já foram concluídos. Observa-se que os poços apresentaram profundidades variando de 350 a 450m com vazões variando de 150 a 300 m3/h aproximadamente, o que mostra a excelente capacidade hídrica do manancial. Os estudos geológicos e hidrogeológicos realizados na região da barragem do Joanes II, definem o aproveitamento do manancial subterrâneo, por meio dos poços tubulares perfurados nos sedimentos da Formação São Sebastião, como a principal alternativa, a curto prazo, para resolver o abastecimento de água em caráter emergencial, da cidade de Salvador, em época de estiagem prolongada.