ESTIMATIVAS DA RECARGA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU-CAIUÁ ENTRE OS ANOS DE 2013 E 2016
Resumo
A recarga das águas subterrâneas é uma variável crucial na tomada de decisão em sistemas de recursos hídricos. A partir da estimativa da recarga é possível planejar o uso e a ocupação das terras em função do seu potencial hídrico. O objetivo desse trabalho foi estimar recargas das águas subterrâneas a partir de dados disponíveis na RIMAS (Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas) para o Sistema Aquífero Bauru-Caiuá entre os anos de 2013 e 2016, período marcado por anomalias climáticas como a seca 2013/2014 no Estado de São Paulo e o ENSO 2015/2016. O método utilizado para estimativa das recargas foi o método da variação da superfície livre do aquífero (WTF - Water Table Fluctuation). As análises da recarga foram conduzidas no software ESPERE utilizando dados de oito poços nos Estados de São Paulo (Andradina, Assis, Penápolis, Pindorama, Valparaíso e Teodoro Sampaio) e Mato Grosso do Sul (Água Clara e Brasilândia). Dados climatológicos de precipitação e evapotranspiração foram obtidos pelo portal CIIAGRO online para o Estado de São Paulo e no INMET para o Estado do Mato Grosso do Sul. De maneira geral, os poços apresentaram recarga em todos os períodos, por menores que fossem as taxas. Também verificou-se que após a seca e durante a influência do ENSO houve uma tendência de elevação generalizada nos níveis. Os anos de 2014 e 2015 tiveram valores de recarga inferiores a 20% da precipitação enquanto nos anos de 2013 e 2016 os valores foram superiores a 20% da precipitação.