Análise dos fluxos nos aquíferos cárstico-fissurais da região da APA Carste de Lagoa Santa, MG

Publicado
2019-01-26
Palavras-chave: EPA of the Lagoa Santa Karst. Karst-fractured aquifers. Fractures. Paleoconduits APA Carste de Lagoa Santa. Aquíferos cárstico-fissurais. Fraturas. Paleocondutos.

    Autores

  • Carolina Gomes Ribeiro Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC-UFMG) https://orcid.org/0000-0002-6751-8635
  • Leila Nunes Menegasse Velásquez Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC-UFMG)
  • Rodrigo Sérgio de Paula Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC-UFMG)
  • Cecília Gouvêa Meireles
  • Nilo Henrique Balzani Lopes
  • Rolando Esteban Clavijo Arcos
  • Diógenes Guilherme Pampolini Amaral Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC-UFMG)

Resumo

A área de estudos, que engloba a Área de Proteção Ambiental (APA) Carste de Lagoa Santa, se estende por 504 km2. Nesta região, ocorrem os metacalcários da Formação Sete Lagoas, composta pelos membros Pedro Leopoldo e Lagoa Santa, os quais acomodam os aquíferos cárstico-fissurais. O método de estudo envolveu o levantamento de estruturas rúpteis e de dissolução cárstica em uma malha de 9.000 m2, escala 1:300.000, com a finalidade de analisá-las e associá-las com as direções de cavernas e com direções de fluxos da água subterrânea comprovadas por testes de traçadores corantes (E-W, NE e SE), de sentido oriental. Por toda a área, a preponderância sistemática de cavernas e paleocondutos reliquiares na direção N70-90W, com caimento suave para leste, indica que esses paleocondutos resultam da dissolução ao longo da interseção das fraturas E-W, de alto ângulo, com o plano de acamamento suave, de direção NNW. Fraturas de alto ângulo de direção NE e SE também são frequentes, contudo, são raras as exposições dos paleocondutos e cavernas correlatos. Em contrapartida, embora as cavernas N-S se destaquem como mais persistentes e alongadas, assim como as E-W, não se observaram fluxos de água naquela direção (N-S). Os resultados demonstram que os parâmetros estruturais primordiais, as fraturas de alto ângulo e o acamamento, condicionam os fluxos subsuperficiais em condutos de cavernas ainda ativos no sentido oriental. No entanto, não se descarta a possibilidade de ocorrerem circulações profundas em segmentos N-S não observáveis nas zonas superiores.

Como Citar
Ribeiro, C. G., Velásquez, L. N. M., de Paula, R. S., Meireles, C. G., Lopes, N. H. B., Arcos, R. E. C., & Amaral, D. G. P. (2019). Análise dos fluxos nos aquíferos cárstico-fissurais da região da APA Carste de Lagoa Santa, MG. Águas Subterrâneas, 33(1), 12–21. https://doi.org/10.14295/ras.v33i1.29148