Sistemas Aquíferos da porção centro-norte da Bacia Sanfranciscana e estimativa do fluxo regional

Publicado
2018-07-02
Palavras-chave: Urucuia Aquifer. Permo-triassic aquifers. Local flow. Regional flow. Hydrostratigraphy. Aquífero Urucuia. Aquíferos permo-triassicos. Fluxos locais. Fluxo regional. Hidroestratigrafia

    Autores

  • Flavio de Paula e Silva Geodata - Consultoria e Projetos Hidrogeológicos
  • Hung Kiang Chang Universidade Estadual Paulista, UNESP

Resumo

Com área aproximada de 125.000 km², a porção centro-norte da Bacia Sanfranciscana abriga o Sistema Aquífero Urucuia, responsável pela manutenção do fluxo de base dos tributários da margem esquerda da Bacia do Rio São Francisco. Recentemente, estudos de subsuperfície identificaram aquíferos permo-triassicos subjacentes, cujas rochas reservatório eram atribuídas, anteriormente, ao Sistema Aquífero Urucuia. Esses aquíferos foram correlacionados aos aquíferos Sambaíba e Motuca, da Bacia do Parnaíba. O complexo arcabouço hidrogeológico configurado por este grupo de aquíferos favoreceu a coexistência de sistemas de fluxo locais e regional. Os sistemas de fluxo locais, caracterizados por apresentarem áreas de recarga e de descarga adjacentes e dirigidos principalmente no sentido leste, drenam 991 m³/s das águas do SAU como fluxo de base para as bacias dos rios São Francisco, Tocantins e Parnaíba. O sistema de fluxo regional estimado em 29 m³/s, com direção de escoamento NW, paralela ao eixo longitudinal da Bacia Sanfranciscana, descarrega a água subterrânea dos aquíferos permo-triassicos para a Bacia do Rio Tocantins. A retirada de água por meio de poços tubulares profundos dos reservatórios permo-triassicos afeta o escoamento de base dos rios tributários do Rio Tocantins. Face às peculiaridades hidrogeológicas constatadas, os modelos atuais de gestão de recursos hídricos da Bacia Sanfranciscana devem ser reavaliados.

Como Citar
Paula e Silva, F. de, & Chang, H. K. (2018). Sistemas Aquíferos da porção centro-norte da Bacia Sanfranciscana e estimativa do fluxo regional. Águas Subterrâneas, 32(2), 267–274. https://doi.org/10.14295/ras.v32i2.29125