Variabilidade espacial e temporal do Nitrato e Cloreto no Sistema Aquífero Bauru, estado de São Paulo

Publicado
2018-08-13
Palavras-chave: Groundwater. Chloride. Geostatistics. Nitrate. Water quality. Águas subterrâneas. Cloreto. Geoestatística. Nitrato. Qualidade de água.

    Autores

  • Gustavo Zitei Vicente Mestre em Recursos Hídricos e Tecnologias Ambientais - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP)
  • César Gustavo Rocha Lima Professor Assistente Doutor Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP) https://orcid.org/0000-0003-1878-2912
  • Sâmia Momesso Marques Pós-graduanda em Recursos Hídricos e Tecnologias Ambientais - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP)

Resumo

O Sistema Aquífero Bauru (SAB) é um manancial de essencial importância para o Estado de São Paulo. Tal fato eleva as atenções com o seu estado de conservação diante da possibilidade de contaminação por diferentes tipos de poluentes. O monitoramento no SAB tem oferecido importantes informações, porém pontuais, não refletindo um panorama espacial de toda área do aquífero. Nesse sentido, a geoestatística pode ser uma importante ferramenta de análise uma vez que os parâmetros de qualidade da água podem variar de forma ordenada no tempo/espaço. O presente estudo utilizou dados de 75 poços de monitoramento da CETESB, entre os anos de 2010-2012, e objetivou avaliar a variabilidade e as correlações espaciais e temporais das concentrações de nitrato (N-NO3) e cloreto (Cl-) no SAB. Realizou-se a análise estatística descritiva, de correlação, e a análise semivariográfica (simples e cruzada). Os resultados indicam elevada correlação linear entre N-NO3 com Cl- (R2=0,69**). Do ponto de vista geoestatístico, todos os parâmetros apresentam dependência espacial, independente do período, denotando bons ajustes semivariográficos e mapas bem delineados da variabilidade espacial. O mapeamento do Nitrato corroborou com trabalhos anteriormente realizados na área do SAB, apontando a presença de N-NO3 acima do valor limite estabelecido pelo Ministério da Saúde. Por fim, observa-se também apreciáveis correlações espaciais entre o Nitrato com o Cloreto, permitindo estimativas espaciais do N-NO3 a partir da co-variável Cl-.

 

Como Citar
Vicente, G. Z., Lima, C. G. R., & Marques, S. M. (2018). Variabilidade espacial e temporal do Nitrato e Cloreto no Sistema Aquífero Bauru, estado de São Paulo. Águas Subterrâneas, 32(3), 295–306. https://doi.org/10.14295/ras.v32i3.29099