Avaliação físico-química das águas do processo de dessalinização de poços salobros e salinos em comunidades rurais do oeste potiguar

Publicado
2017-04-05
Palavras-chave: Salinity. Reverse osmosis, Wastewater. Salinidade. Osmose reversa. Água residuária.

    Autores

  • André Moreira de Oliveira Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
  • Nildo da Silva Dias Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Jair José Rabelo de Freitas Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Daniel Freitas Freire Martins Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Lycia Nascimento Rabelo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo

O fornecimento de água potável é o maior desafio das comunidades rurais da região semiárida do Brasil, que são caracterizadas pela escassez de recursos hídricos apropriados para consumo humano. Em uma tendência observada há alguns anos, os Governos Federal e Estadual têm buscado instalar equipamentos de dessalinização das águas salobras subterrâneas para a geração de água doce para o abastecimento de comunidades distantes dos centros urbanos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade das águas oriundas do processo de dessalinização de poços em comunidades rurais do oeste potiguar e seus riscos quanto ao uso na irrigação. A pesquisa foi realizada no período de 2013 e 2014 e, inicialmente, foram identificadas as comunidades abastecidas com as unidades de captação e tratamento de água por dessalinização, através de um levantamento cadastral. Para isto, foram realizadas quatro campanhas de coletas em diferentes períodos do ano para avaliação da qualidade das águas potável do tratamento por osmose reversa, poço e rejeito salino, dentro de cada período. Foram analisados parâmetros físico-químicos das águas para fins de irrigação. As águas foram classificadas quanto ao uso na irrigação; aos riscos de problemas de infiltração no solo causados pela sodicidade da água e toxicidade em plantas. As estações de tratamento de água por osmose reversa nas comunidades rurais monitoradas produziram uma água dessalinizada com concentrações baixas de sais, com 68% do total das amostras na classe de classificação C1S1; 25% na classe C2S1 e; apenas 7% na classe C3S1. Com relação ao rejeito gerado, 93% das amostras de água de rejeito se classificaram como C3 ou C4 nos quatro períodos de coleta, ou seja, águas de alto ou extremamente alto risco de salinização.

Como Citar
Oliveira, A. M. de, Dias, N. da S., Freitas, J. J. R. de, Martins, D. F. F., & Rabelo, L. N. (2017). Avaliação físico-química das águas do processo de dessalinização de poços salobros e salinos em comunidades rurais do oeste potiguar. Águas Subterrâneas, 31(2), 58–73. https://doi.org/10.14295/ras.v31i2.28663