AVALIAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DO ALTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JIQUIRIÇÁ

Publicado
2011-12-19

    Autores

  • Cristovaldo Bispo dos Santos CPRM
  • Joana Angélica Guimarães da Luz ICAD/ UFBA
  • José de Castro Mello CERB

Resumo

O principal objetivo deste trabalho foi a caracterização do aqüífero cristalino na região do alto curso da Bacia do Jiquiriçá, região semi-árida do Estado da Bahia, de modo a contribuir para o seu conhecimento hidrogeológico e geológico-estrutural. A área de estudo acha-se representada pelas rochas do embasamento cristalino, constituídas por rochas metamórficas de fácies granulito, do Complexo Jequié, constituindo o aqüífero fissural (Domínio I), com direção predominante NE-SW e NW-SE e, em áreas restritas o aquífero misto granular/fissural representado por litotipos também do Complexo Jequié, porém com maior espessura de manto de intemperismo e/ou Cobertura Detrítica (Domínio II); além do grupo de aquíferos granulares, representados pelas Coberturas Detríticas Sedimento Tercio-Quaternário (Domínio III). A análise integrada das informações geológico-estrutural, tectônica e hidrogeológica, permitiu a compartimentação do Domínio I em dois sub-domínios Hidrogeológicos denominados neste trabalho de sub-domínios A e B. Tais considerações foram fundamentadas e verificadas utilizando-se como parâmetro hidráulico a capacidade específica (m³/h/m) e como parâmetros físico-químicos cloreto, a dureza, e sólidos totais dissolvidos, além das características construtivas dos poços. Na avaliação hidrogeoquímica foram utilizados dados dos poços perfurados nos domínios identificados, que serviram para avaliar a qualidade da água principalmente em relação aos parâmentos cloreto, dureza e sólidos totais dissolvidos. De modo geral, observa-se que as águas subterrâneas do alto jiquiriçá apresentam altas concentrações de Na, Ca, Mg, Fe, e Cl- e menores valores de K, SO4, HCO3, Mn e NO3 sendo classificadas como cloretadas-sódicas. Na avaliação da reserva tomou-se como base dados locais, como precipitação média sobre os domínios, a área de ocorrência destes, dados de poço contidos no cadastro da CERB, além de dados de porosidade e taxas de infiltração (recarga) estimados com base em experiências de outras áreas do Nordeste Brasileiro. A disponibilidade de água subterrânea nos domínios aqüíferos, mostra que as capacidades mais altas, entre 0,197m³/h/m e 1 m³/h/m, estão concentradas nos domínios granular, granular/fissural e fissural A. Com o uso do método geofísico da eletrorresistividade obteve-se a caracterização geoelétrica das unidades geológicas e dos aqüíferos, quanto as suas resistividades e espessuras que integrado as informações hidrogeológicas, tornou possível a avaliação quantitativa da potencialidade hídrica dos aquíferos na área de estudo.

Como Citar
dos Santos, C. B., da Luz, J. A. G., & Mello, J. de C. (2011). AVALIAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DO ALTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JIQUIRIÇÁ. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/28034