AVALIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS DA PROVÍNCIA CÁRSTICA DE ARCOS-PAINS-DORESÓPOLIS, ALTO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS, BRASIL

Publicado
2000-09-11
Palavras-chave: balanço hidrológico – água subterrânea – recurso

    Autores

  • Leila Nunes Menegasse
  • Jomir Martinho Gonçalves
  • Lúcia Maria Fantinel

Resumo

As bacias hidrográficas ribeirão dos Patos e rio São Miguel (1050km2), extremo
sudoeste do Cráton São Francisco, estruturam-se sobre uma seqüência neoproterozóica
metapelítica e rochas carbonáticas do Grupo Bambuí. A diversidade de recursos naturais
locais constituem fatores de desenvolvimento, entretanto, têm promovido sérios conflitos
ambientais e sócio-econômicos locais. Este estudo é integrado a um projeto
interdisciplinar, visando a um novo modelo de desenvolvimento econômico, baseado no
turismo científico e ecológico e aproveitamento racional dos recursos naturais, no qual a.
água é elemento básico para sua consolidação. Quantificou-se as disponibilidades
hídricas da bacia rio São Miguel, baseado em dados fluviométricos, utilizando-se o
software Hysep na separação dos escoamentos subterrâneo e superficial. Verificou-se
existir ótima correlação estatística entre o escoamento total medido na estação e o
excedente hídrico estimado por Thornthwaite-Mather, (r2=0,72;P=0,00004), permitindo
aplicá-lo na bacia ribeirão dos Patos (sem dados fluviométricos), adotando-se os índices
subterrâneo e superficial anteriormente obtidos, justificado pela similaridade, morfológica
e geológica das bacias. Estimou-se uma reserva renovável de água subterrânea de
355Mim3/ano, (68,5% do escoamento; 25% da precipitação), da qual apenas 1% é
aproveitado, no abastecimento expansão de setores econômicos relevantes, como a
agropecuária a indústria e o turismo.

Como Citar
Menegasse, L. N., Gonçalves, J. M., & Fantinel, L. M. (2000). AVALIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS DA PROVÍNCIA CÁRSTICA DE ARCOS-PAINS-DORESÓPOLIS, ALTO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS, BRASIL. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/24134