O AQÜÍFERO CAUÊ E UNIDADES HIDROGEOLÓGICAS ASSOCIADAS: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS HIDROQUÍMICAS, PORÇÃO OCIDENTAL DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO, MG.

Publicado
2008-09-20
Palavras-chave: Aqüífero Cauê, Hidroquímica, Quadrilátero Ferrífero

    Autores

  • Maria Antonieta Alcântara Mourão
  • Celso de Oliveira Loureiro
  • Fernando Flecha Alkmim

Resumo

O aqüífero Cauê abrange a unidade geológica hospedeira dos corpos de minério de ferro
do Quadrilátero Ferrífero (Formação Cauê). As águas do aqüífero Cauê são muito pouco
mineralizadas (condutividade elétrica média de 13,2 μS/cm), sem uma assinatura específica. A
grande variabilidade composicional das águas revela a heterogeneidade mineralógica da unidade
Cauê e a provável mistura de águas originárias dos aqüíferos profundos adjacentes e dos aqüíferos
rasos inconsolidados. Pode haver ainda alguma alteração química decorrente de atividade antrópica.
A unidade limitante de topo, o aqüífero Gandarela, constitui-se de rochas carbonáticas e apresenta
feições cársticas importantes junto ao eixo do Sinclinal Moeda e no segmento oriental do
Homoclinal Serra do Curral. Exibe identidade química caracterizada pela elevada condutividade
elétrica (média de 108,0 μS/cm), e composição predominante de cálcio, magnésio e bicarbonatos. A
unidade confinante Batatal, que constitui a base do aqüífero Cauê, mostra baixa permeabilidade em
praticamente toda a área. Na faixa Tectônica Tamanduá-Mutuca, a grande densidade de estruturas
(especialmente rúpteis), decorrentes da deformação, favoreceu a percolação de água subterrânea nos
filitos que mostram dois importantes pontos de descarga ao longo do ribeirão de Fechos. Trata-se de
águas redutoras com elevada concentração em metais dissolvidos, em especial, ferro.

Como Citar
Mourão, M. A. A., Loureiro, C. de O., & Alkmim, F. F. (2008). O AQÜÍFERO CAUÊ E UNIDADES HIDROGEOLÓGICAS ASSOCIADAS: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS HIDROQUÍMICAS, PORÇÃO OCIDENTAL DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO, MG. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/23792