ESTRATIFICAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE CROMO HEXAVALENTE NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO AQÜÍFERO ADAMANTINA, MUNICÍPIO DE URÂNIA, SP, BRASIL.

Publicado
2008-09-20
Palavras-chave: Cromo, Hidrogeoquímica, Aqüífero Adamantina

    Autores

  • Leonardo Marcolan
  • Christine Bourotte
  • Reginaldo Bertolo

Resumo

Na região noroeste do Estado de São Paulo foram detectados teores anômalos de cromo
nas águas subterrâneas, algumas vezes ultrapassando o limite máximo permitido para o consumo
humano (0,05 mg/L). Realizou-se o estudo na cidade de Urânia, por apresentar os teores de cromo
mais elevados da região, que, segundo pesquisas anteriores, trata-se de uma anomalia de origem
natural.
Este trabalho visa apresentar os primeiros resultados de análises de água coletadas de cinco poços
de monitoramento, amostrando diferentes profundidades do aqüífero. As análises químicas das
amostras de testemunhos de sondagem indicaram a ocorrência de uma anomalia geoquímica de
cromo (concentrações médias de 221 mg/kg), apontando como fonte provável a augita, cujos grãos,
analisados quimicamente por MEV, apresentaram concentrações de cromo de 1.000 a 6.000 ppm.
As análises químicas de água coletadas nos poços de monitoramento indicaram a ocorrência de uma
estratificação hidroquímica no aqüífero: águas localizadas na base do aqüífero apresentam um pH
anomalamente alcalino (pH~11) enquanto que nas porções mais rasas o pH é neutro a ligeiramente
ácido. O cromo, identificado na água na forma hexavalente, predomina na parte intermediária e
profunda do aqüífero ([Cr6+]máxima= 0,121 mg/L). As maiores concentrações parecem estar
associadas a ambientes de pH e Eh elevados.

Como Citar
Marcolan, L., Bourotte, C., & Bertolo, R. (2008). ESTRATIFICAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE CROMO HEXAVALENTE NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO AQÜÍFERO ADAMANTINA, MUNICÍPIO DE URÂNIA, SP, BRASIL. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/23697