CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA POR RESÍDUO SÓLIDO NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE – MG
Resumo
A geração e deposição de resíduos sólidos têm constituído um sério problema ambiental
no mundo inteiro, em conseqüência dos volumes crescentes desse material e do elevado custo para
que sua destinação não ofereça riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. No Brasil essa situação
se agrava pela falta de investimento no setor e alta concentração de habitantes nas principais áreas
urbanas, resultando em taxas que se aproximam de 1,0 kg/hab/dia, onde 52,5 %, em média, é
representado por matéria orgânica. Some-se a esses números o fato de que apenas 13% desses
resíduos são depositados em aterros sanitários controlados, sendo a grande maioria depositada em
forma de lixões. Em Belo Horizonte foram pesquisadas duas diferentes situações: um lixão que
funcionou de 1967 a 1972 e um aterro sanitário de 1972 até os dias atuais. A pesquisa revelou
elevado índice de contaminação por alguns metais (Al, Ba, Fe, Mn, Ni e Pb) na água subterrânea
sob o lixão desativado há 30 anos, enquanto o aterro sanitário envia o chorume sem qualquer
tratamento para um córrego, possibilitando a sua infiltração para contaminar as águas subterrâneas.
Esse chorume apresenta elevadíssimas concentrações dos mais variados metais, além de altas taxas
de contaminação bacteriológica.