ANÁLISE EXPLORATÓRIA ESPACIAL E TEMPORAL DOS DADOS DE POÇOS TUBULARES DA BACIA DO RIO ITAPICURU, BAHIA

Publicado
2004-09-20
Palavras-chave: Águas Subterrâneas, Bacia do Rio Itapicuru, Análise Exploratória de Dados, Geoestatística

    Autores

  • Suely Schuartz Pacheco Mestrinho
  • Joana Angélica Guimarães da Luz

Resumo

A bacia do rio Itapicuru apresenta grande extensão geográfica, com diversidade de
condições agroclimáticas, geoeconômicas e fisiográficas. As águas subterrâneas estão associadas a
quatro domínios hidrogeológicos, tendo por base rochas cristalinas, metassedimentares,
carbonáticas e sedimentos. Este trabalho apresenta uma análise exploratória espacial e temporal das
águas subterrâneas da bacia, utilizando parâmetros hidrodinâmicos e hidroquímicos de poços
tubulares, tais como: profundidade, níveis estáticos e dinâmicos, vazão, cloretos, sólidos totais
dissolvidos, dureza e nitratos. A metodologia utilizada permite uma espacialização dos dados de
acordo com as condições climáticas e características das principais províncias hidrogeológicas da
bacia, destacando quatro setores. As maiores vazões registradas estão associadas a poços profundos
no domínio das bacias sedimentares em áreas com maior índice de precipitação, ao inverso das
zonas com altos teores de cloretos, STD e nitratos que aparecem na região mais árida, onde os
sistemas aqüíferos do embasamento cristalino também exibem maior vulnerabilidade e a ocupação
demográfica é expressiva. Os valores de nitrato apontam claramente para o risco de contaminação
das águas subterrâneas, em particular, nos trechos alto e médio da bacia, onde existe maior
densidade demográfica e desenvolvimento socioeconômico. A análise temporal dos dados
plurianuais, para os diferentes setores, reforça estas considerações.

Como Citar
Schuartz Pacheco Mestrinho, S., & Guimarães da Luz, J. A. (2004). ANÁLISE EXPLORATÓRIA ESPACIAL E TEMPORAL DOS DADOS DE POÇOS TUBULARES DA BACIA DO RIO ITAPICURU, BAHIA. Águas Subterrâneas, (1). Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/23319