ARCABOUÇO ESTRUTURAL DO ARCO DE PONTA GROSSA NA REGIÃO CENTRO-NORTE DO ESTADO DO PARANÁ (BRASIL): IMPLICAÇÕES NA HIDRODINÂMICA DO SISTEMA AQÜÍFERO GUARANI
Resumo
A região onde a charneira do Arco de Ponta Grossa (trecho entre os alinhamentos Rio
Alonzo e São Jerônimo – Curiúva) intersecta a faixa de afloramentos das formações Pirambóia e
Botucatu (Mesozóico da Bacia do Paraná) foi estudada neste trabalho, através de mapeamento
fotogeológico, coleta de informações estruturais em campo e dados potenciométricos,
principalmente. As formações Pirambóia e Botucatu constituem o Sistema Aqüífero Guarani (SAG)
das Bacias do Paraná e Chaco-Paraná, constituindo uma das mais importantes reservas de águas
subterrâneas do planeta, cujo arcabouço estrutural é pouco conhecido. Através da análise estrutural
das estruturas tectônicas nas referidas unidades, é possível determinar como as falhas se comportam
em relação ao fluxo de água, isto é, se constituem barreiras ou condutos, bem como a geometria
desta compartimentação. Dentro da área de estudo, balizada pelas coordenadas 23o 30’ - 24o 30’ S e
50o 30’ – 51o 30’ W (centro norte do Estado do Paraná), foram identificadas áreas potenciais de
recarga que são condicionadas pela topografia, mergulhos das camadas e zonas de falhas N40-50W.
A presença destas estruturas promove uma inflexão anômala das curvas potenciométricas regionais,
balizada por zonas de falhas que correspondem aproximadamente aos alinhamentos magnéticos Rio
Alonzo e São Jerônimo – Curiúva.