POTENCIAL DOS AQÜÍFEROS FRATURADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO: CONDICIONANTES GEOLÓGICOS

Publicado
2007-12-01

    Autores

  • Amélia J. Fernandes
  • Mônica M. Perrotta
  • Elizete D. Salvador
  • Sérgio G. Azevedo
  • Antonio Gimenez Filho
  • Nivaldo Paulon

Resumo

Existe grande dificuldade em prever o comportamento hidraúlico dos aqüíferos fraturados devido àgrande descontinuidade e heterogeneidade que caracteriza estes meios. Como conseqüência, não existe método amplamenteaceito para realizar o seu mapeamento, seja com relação às suas potencialidades como vulnerabilidades. Assim, para atenderao objetivo principal do Mapa de Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo, que foi o de cartografar e representar áreascom potencialidades hidrogeológicas distintas dentro de cada aqüífero estudado, foi necessário o desenvolvimento de ummétodo que consistiu na avaliação da variação da capacidade específica de poços selecionados com relação aos seguintesfatores: conjuntos litológicos, espessura de manto inconsolidado, densidade e intersecção de lineamentos e blocosgeológicos. Como resultado, foram individualizadas quatro classes de potencial hidrogeológico, sendo que três destascorrespondem à subdivisão das rochas pré-cambrianas não carbonáticas, cujas medianas de capacidade específica são 0,04m³/h/m, 0,08 m³/h/m (os diabásios eocretáceos estão englobados nesta classe) e 0,18 m³/h/m. Na classe mais produtivaforam agrupadas rochas pré-cambrianas carbonáticas e basaltos eocretáceos, com medianas de 0,62 e 1,25 m³/h/m,respectivamente. Os limites entre as regiões de rochas pré-cambrianas que apresentam produção distinta correspondemprincipalmente a importantes zonas de cisalhamento, que delimitam em parte terrenos com evolução geológica distinta, esecundariamente a descontinuidades francamente rúpteis.

Como Citar
Fernandes, A. J., Perrotta, M. M., Salvador, E. D., Azevedo, S. G., Gimenez Filho, A., & Paulon, N. (2007). POTENCIAL DOS AQÜÍFEROS FRATURADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO: CONDICIONANTES GEOLÓGICOS. Águas Subterrâneas, 21(1). https://doi.org/10.14295/ras.v21i1.16168