Caracterização hidrogeológica de áreas de atividades cemiteriais – Estudo de caso

Publicado
2019-04-23
DOI: https://doi.org/10.14295/ras.v33i2.29523
Palavras-chave: Cemetary contamination. Transport of contamination. Environmental contamination. Contaminação cemiterial. Transporte de contaminantes. Contaminação ambiental.

    Autores

  • Flávia Cauduro Universidade do Extremo Sul Catarinense
  • Christiane Ribeiro Müller Universidade do Extremo Sul Catarinense
  • Guilherme Tramontin de Césaro Cavaler Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC

Resumo

Cemitérios são locais onde pessoas são sepultadas; a maioria da população não vê estes locais como possíveis poluidores ambientais. Nestes locais ocorre a decomposição da matéria orgânica que gera um resíduo viscoso, castanho-acinzentado e com forte odor, o necrochorume, possível poluidor do solo que pode facilmente ser transportado pelas águas pluviais e contaminar os lençóis freáticos com vírus, bactérias e protozoários proliferando doenças como febre tifoide, febre amarela, cólera, entre outras. Neste cenário, o objetivo deste estudo é caracterizar solos de duas áreas de atividades cemiteriais localizados no estado de Santa Catarina. O desenvolvimento do estudo considerou ensaios in situ e laboratoriais de caracterização geotécnica. Os resultados apresentaram índice alto a extremo de vulnerabilidade dos mananciais, coeficientes de permeabilidade em desacordo com Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) Resolução nº 368/2006, presença de matéria orgânica no solo, tempo de trânsito no solo insuficiente para reter os microrganismos presentes no necrochorume e classificação HRB (Highway Research Bord) dos solos inadequada para locais com atividade cemiterial. A análise dos resultados sugere que o solo e o manancial das áreas estudadas apresentam provável contaminação por necrochorume.

Como Citar
Cauduro, F., Müller, C. R., & Cavaler, G. T. de C. (2019). Caracterização hidrogeológica de áreas de atividades cemiteriais – Estudo de caso. Águas Subterrâneas, 33(2). https://doi.org/10.14295/ras.v33i2.29523