AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE ÍON FLUORETO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS AQUÍFEROS TUBARÃO E CRISTALINO, REGIÃO DE SALTO (SP)

Publicado
2009-07-19
Palavras-chave: Fluoreto, Águas Subterrâneas, Aqüífero Tubarão, Aquífero Cristalino

    Autores

  • S. Ezaki IG/SMA-SP
  • R. Hypolito USP
  • A. Pérez-Aguilar IG/SMA-SP
  • F A. Moschini Prefeitura Municipal de Salto
  • C L. Moura Universidade do Grande ABC
  • M. S. Pugas USP

Resumo

Nos Municípios de Salto e Indaiatuba (SP), foram detectadas concentrações anômalas de fluoreto em águas de 19 poços tubulares profundos, com valores médios de 3,03 mg dm-3 e o máximo de 6,95 mg dm-3, constituindo restrição ao uso das águas para consumo humano. Os poços extraem água dos Aquíferos Tubarão (sedimentar, granular) e Cristalino (granítico, fissural) e são utilizados para fins sanitários e/ou em processos industriais. A fonte de fluoreto no Aqüífero Cristalino pode estar associada a fluidos de percolação hidrotermal através de fraturas ou à hidrólise de biotitas ou anfibólios de rochas graníticas. O flúor pode ser fixado em hidroxi-silicatos e hidroxi alumino-silicatos complexos, substituindo os íons hidroxilas (OH-) de anfibólios e de minerais do grupo das micas. Para o Aqüífero Tubarão a presença de flúor nas rochas sedimentares pode estar relacionada a argilominerais (esmectita, vermiculita, clorita) pela troca iônica de OH- por F-. A liberação dos íons F- para as águas subterrâneas é controlada pela composição mineralógica das formações geológicas, pH, presença de íons colóides complexantes, pelas águas que percolam através dos materiais e o tempo de interação rocha-água.

Como Citar
Ezaki, S., Hypolito, R., Pérez-Aguilar, A., Moschini, F. A., Moura, C. L., & Pugas, M. S. (2009). AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE ÍON FLUORETO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS AQUÍFEROS TUBARÃO E CRISTALINO, REGIÃO DE SALTO (SP). Águas Subterrâneas, 1. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/21964