SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DE MÉTODOS DE REMEDIAÇÃO PARA CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.

Publicado
2015-02-24

    Autores

  • Elizabeth Fátima de Souza PUC-Campinas
  • Sueli do Carmo Bettine PUC-Campinas
  • Natália Betelli Pompermayer PUC-Campinas
  • Matheus Henrique da Silva Bergamo PUC-Campinas

Resumo

Entre 2002 e 2012, o número de áreas contaminadas no estado de São Paulo apresentou um crescimento linear. Já foram identificadas 663 áreas contaminadas na porção paulista das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A maior parte das contaminações foi causada por postos de combustíveis, sendo detectada a presença de combustíveis líquidos, solventes aromáticos e de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, com risco potencial elevado para contaminação das águas subterrâneas. Em metade das áreas contaminadas ainda não está implantado nenhum processo de remediação. Os métodos de remediação mais usados são bombeamento e tratamento, recuperação da fase livre e extração multifásica, que apenas retiram os contaminantes do local. Adsorção em carvão ativo, eletrocoagulação/eletroflotação e processos oxidativos avançados foram testados em escala de laboratório para remover ou degradar os contaminantes orgânicos identificados. A análise ambiental desses métodos indicou que apenas a adsorção em carvão ativado poderia ser realizada sem restrições, enquanto os processos oxidativos avançados necessitariam de monitoramento. Porém, a adsorção em carvão ativado requer uma etapa de tratamento posterior para a eliminação do contaminante. Portanto, embora capazes de eliminar ou reduzir a contaminação a níveis aceitáveis, os métodos de tratamento testados ainda não atendem o conceito de remediação sustentável.

Como Citar
de Souza, E. F., Bettine, S. do C., Pompermayer, N. B., & Bergamo, M. H. da S. (2015). SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DE MÉTODOS DE REMEDIAÇÃO PARA CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. Águas Subterrâneas. Recuperado de https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/28343